Mimulus Escola e Cia de Dança

Por Um Fio

“Uma obra madura, que demonstra o percurso da companhia e dá saltos estéticos de importante significado, com momentos de rara beleza.” – Cássia Navas

Release

A companhia transpõe o fascínio pelos bordados, escritos, amontoados de Arthur Bispo do Rosário, para o emaranhado de braços e corpos que bordam coreografias. Emaranhado de fios elétricos, filamentos das lâmpadas incandescentes que se confundem com os fios condutores das coreografias e com a sucata do trabalho dos bailarinos, que lhes servem de matéria prima para a composição da obra.

Cenário e luz partem do emaranhado que tece a memória das coisas, dos inventários do mundo e de suas coleções, das repetições que reverberam o anonimato. Nele se fazem presentes a luz e a sombra, a loucura, a memória, o outro lado da vida intrincada no seu fazer.

O figurino inspira-se na forma como os internos vestiam-se para os bailes da Colônia Juliano Moreira, é confeccionado em sua maior parte com o aproveitamento de retalhos e tecidos descartados.

A exemplo das obras do Bispo, as peças são bordadas com textos, palavras e inventários. Trabalho realizado pelas “Meninas do Cafezal”.

O espetáculo POR UM FIO é uma homenagem ao centenário de nascimento de Arthur Bispo do Rosário e aos 20 anos de sua morte e a todos aqueles que fazem a arte sem saber que fazem. E são muitos.

Críticas

“Not a typical inspiration for dance, perhaps, but as translated into movement by Mimulus’ artistic director/choreographer Jomar Mesquita and his dancers, the result is sizzling, soulful and endlessly inventive.”

“The Brazilian troupe, which made its U.S. debut at the Pillow five years ago, was the perfect company to open the festival’s 80th anniversary season.”

“The nine gorgeous dancers and the piece itself embody much of what contemporary dance is about these days, including fusion, theatricality, the skillful use of props, and choreography that demands unbelievable technical proficiency.”

“ ‘Por Um Fio’ progresses like a ribbon of silk unfurling. The movement is gliding and sensual, yet never slick or glitzy, even when the men toss the women up onto their shoulders with a single easy movement, or when the women spin like tops or curve backwards to touch the floor like animated croquet hoops.”

“Partners, dressed in quilted and embroidered costumes, entwine and wrap around each other again and again, in a myriad of different ways. Strapping dancer Murilo Borges lifts and swings the petite Nayane Diniz as if she was feather light. In a repeated motif, the men guide the women not by their hips but by their heads and necks, using one or two hands—it’s a chilling and riveting image.”

“The fanciful set features nest- and foliage-like constructions hanging above, and light bulbs dangling from long wires to nearly touch the floor. At one point, as the stage darkens, they glimmer and flutter like fireflies among the dancers. If only Rosario—trapped, one imagines, in his own mind—could have seen the freedom and beauty his art has inspired.”

Albany Times Union, USA – Tresca Weinstein


“The physical and emotional weightiness of contemporary dance takes us out of the realm of exhibition and into the world of dance theater.”

“Indeed, in the series of duets that make up much of ‘Por Um Fio’, intertwining and entrapment are twin physical metaphors.”

“There is great drama in the choreography, but the tone of the dance never dips into melodrama. The solid men crouch into delicious grand pliés with women cocooned in their laps, or suddenly pitch a woman above, so that she hovers over him, her body tucked up and fetus-curved.”

“The heart of ‘Por Um Fio’ beats most palpably in the central figure performed by company veteran Juliana Macedo, who moves her strong, long limbs with a generous looseness. The beautiful duet she dances with Mesquita is cloaked with an aura of fatefulness, and manages to be both poetic and show-stopping, limning a tightrope walk between control and abandon.”

Boston Globe, USA

 

“…those in attendance seemed delighted by the images and determined energy on stage.”

“Mesquita’s dancers are agile and precise – often extraordinarily lithe throughout the body.”

“Mesquita, the resourceful artistic director and chief choreographer of Mimulus, aims to blend all this social dancing envied by the veritable wallflowers among us with modern-dance vocabulary, along with just a touch of balletic movement. And that synthesis, on view through Sunday afternoon in the Ted Shawn Theatre, often proves intriguing.”

Berkshire Eagle, USA

 

“Numa costura de precisão e requinte, a Cia. Mimulus traz Por um Fio”

“Agora, não resta mais qualquer dúvida de que (a Mimulus) está inventando um futuro para a dança a dois.”

“O material coreográfico produzido é rico, requintado e dançado com muita precisão.”

“O duo de Jomar com Juliana Macedo, ao som de Chopin, tem a consistência daquele tipo de momento que ilumina caminhos e aponta para o que pode se desdobrar a partir do que já existe”.

Helena Katz – O Estado de São Paulo

 

“Uma obra madura, que demonstra o percurso da companhia e dá saltos estéticos de importante significado, com momentos de rara beleza.”

Cássia Navas

 

“Por Um Fio é o trabalho mais ousado que a companhia mineira Mimulus já realizou.”

“O conjunto caminha para um paroxismo em que os clímaxes de cada uma das camadas que constroem o conjunto se recusam a coincidir uns com os outros, numa das sequências mais belas que a dança em Minas criou nos últimos anos.”

“…num espetáculo que parece gritar contra a escuridão e a favor do sentimento.”

Marcello Castilho Avellar – Estado de Minas

 

“E que espetáculo! (Por Um Fio). Tão bom ou melhor que os cinco anteriores, que tornaram a Mimulus o núcleo de dança em Minas que mais obteve prestígio dentro e fora de casa na última década.”

“Faz tempo, o grupo conseguiu ir muito além do limite que as danças de salão, sua origem, poderiam lhe impor.”

Miguel Anunciação – Hoje em Dia

Premiações

Teve sua estreia em 2009, tendo recebido as seguintes premiações: Prêmios SESC/SATED, 2010:

Ficha Técnica

Direção Artística e Coreográfica:
Jomar Mesquita

Coreografia:
Jomar Mesquita
Mimulus Cia de Dança

Bailarinos:
Juliana Macedo
Jomar Mesquita
Andrea Pinheiro
Rodrigo de Castro
Fabiana Dias
Bruno Ferreira
Nayane Diniz
Murilo Borges

Assessoria de Direção Artística:
Mário Nascimento
Tíndaro Silvano

Assessoria Cênica:
Ana Domitila

Figurino:
Baby Mesquita
Juliana Macedo

Alfaiate:
Sr. Floriano

Costureiras:
Helena Martins
Maria Inês

Bordadeiras:
Meninas do Cafezal: Vera Lucia, Isabela Cristina, Cristiane dos Santos, Maria José, Rosimeire da Silva, Maria Aparecida e Eliane Pereira

Cenografia:
Ed Andrade
Osla Arquitetura

Estagiários de Cenografia:
Alunos do Curso de graduação em Teatro da UFMG: Adriana Januário, Carloman Bonfim, Clarice Rena, Kely Oliveira, Marcos Moura

Iluminação:
Rodrigo Marçal

Seleção Musical e Mixagem:
Jomar Mesquita

Fotografia:
Guto Muniz

Produção Executiva:
Fábio Ramos
Amora Produções Artísticas

Consultor Internacional:
Guy Darmet

Direção Geral:
Baby Mesquita

Apoio Eterno:
João Baptista Mesquita

Realização:
Associação Cultural Mimulus

Trilha Sonora:
Quand Je Marche – Camille Dalmais
Senza – Camille Dalmais
Juízo Final – Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito
Tanga… – Orquestra Dos Músicos Das Ruas de São Paulo
Rumbling in the Sun – Freeworm
Psycho Maloca – Carlos Careqa
Saudosa Maloca – Adoniran Barbosa
Tributo a Valtinho das Baianas – Tabajara Rosa
Samba de Morro – Maestro João Batista Martins
You Don’t Know Me – Caetano Veloso
Vegetation=Fuel – Freeworm
Bienal – Zeca Baleiro
Cachaça – Calexico
Intro V – O Rappa
Ballade #1 In G Minor, Op. 23, CT 2 – Frédéric Chopin
Minha tribo sou eu – Zeca Baleiro
Trechos do filme “O Prisioneiro da Passagem” – Direção Hugo Denizart.